A hipocondria, atualmente conhecida como Transtorno de Ansiedade por Doença no DSM-5, é uma condição psicológica caracterizada por uma preocupação excessiva com a saúde e um medo constante de ter uma doença grave.
Pessoas com hipocondria frequentemente interpretam sensações corporais normais ou menores como sinais de doenças graves, mesmo após avaliações médicas que indicam que não há motivo para preocupação.
Psicóloga SP Maristela Vallim Botari explica que a hipocondria envolve um ciclo de ansiedade e comportamentos de busca de segurança. Indivíduos afetados por essa condição tendem a pesquisar incessantemente sobre doenças, buscar repetidas consultas médicas, pedir exames desnecessários e procurar tranquilização de médicos, familiares e amigos. No entanto, qualquer alívio obtido é temporário, e as preocupações rapidamente retornam, perpetuando o ciclo de ansiedade.
As causas da hipocondria são multifatoriais e podem incluir uma combinação de fatores genéticos, psicológicos e ambientais. Experiências pessoais, como ter um familiar com uma doença grave ou uma própria doença significativa no passado, podem aumentar a vulnerabilidade a desenvolver hipocondria. Além disso, traços de personalidade, como uma tendência ao perfeccionismo ou ao pensamento catastrófico, também podem contribuir.
Os sintomas da hipocondria variam, mas frequentemente incluem a interpretação errônea de sintomas físicos, como dores de cabeça, batimentos cardíacos acelerados ou dores musculares, como indicadores de doenças graves. Psicóloga SP Maristela Vallim Botari observa que essa preocupação excessiva pode levar a comportamentos de evitação, onde a pessoa evita atividades, lugares ou situações que acredita que possam desencadear uma doença ou piorar sua condição de saúde.
A hipocondria pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, afetando o bem-estar emocional, social e profissional do indivíduo. As relações pessoais podem ser prejudicadas devido à constante busca por reasseguramento e à dificuldade em se concentrar em atividades cotidianas devido às preocupações com a saúde.
O tratamento para a hipocondria geralmente envolve a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que é uma abordagem eficaz para ajudar os indivíduos a identificar e desafiar pensamentos distorcidos sobre a saúde e a desenvolver estratégias de enfrentamento mais saudáveis.
Psicóloga SP explica que a TCC pode ajudar a reduzir a ansiedade e a evitar comportamentos de busca de segurança, promovendo uma maior aceitação e tolerância das sensações corporais normais.
Além da TCC, a psicoterapia pode incluir técnicas de mindfulness, que ajudam os indivíduos a focar no momento presente e a reduzir a ruminação sobre possíveis doenças. Em alguns casos, a medicação pode ser prescrita para tratar sintomas de ansiedade e depressão que frequentemente acompanham a hipocondria.
É importante buscar ajuda profissional se você ou alguém que você conhece está lutando com preocupações excessivas sobre a saúde. Psicóloga SP Maristela Vallim Botari enfatiza que, com o tratamento adequado, é possível gerenciar a hipocondria e melhorar significativamente a qualidade de vida, permitindo que os indivíduos vivam de maneira mais equilibrada e menos dominada pelo medo de doenças.
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